terça-feira, 29 de junho de 2010

Não sei o final

Porque a culpa é sempre de alguém. Qual a é a minha parte de culpa, em você não querer compartilhar seus sentimentos comigo, me fazendo sentir completamente incapaz. Não te completo, não te complemento, não somos iguais e nem o oposto. O que combina em nós estarmos juntos? Não te faço feliz, não me escapo das lágrimas. Ouço sua voz e sinto distante, já não somos como antes, devo esconder o que sinto, pra não repetir as velhas monotonias? Você não se preocupar com nada disso, me cansa. Eu devo nos esquecer, e eu vou sobreviver. O que tinhamos antes que nos mantinha em sintonia? Aonde foi que se perdeu? Fechei meus olhos e me enteguei, você ficou com os dois pés atrás, me joguei em você, e suas mãos nem sequer me seguraram, dei de cara no chão, como naquela brincadeira de criança, em que exercemos a confiança. Seu olhar é frio e sem vida, você jurou que eu era sua vida, é a minha falta que falta no brilho daquele seu olho?Todos os sentimentos que seus olhos antes calorosos me causaram eram de efeito, eram extremos, tão intensos quanto o sol do verão. Mudaram as estações, e a sua melodia não combina mais com a minha letra, nosso conjunto é só mais um, não é mais o conjunto perfeito. Não quero explicar, não quero dar sentido as minhas palavras. Tudo o que imaginei sobre o nosso futuro deve ficar para trás, sobre o presente também, quem sabe não devesse eu apagar o passado. Viver sem esperar, uma regra simples que eu não aprendi, e sofri, me iludi. Agora não quero colocar a culpa em mim ou em você, quero só recuperar aquele sentimento. Aquele que me fazia me sentir viva, e agradecer a Deus por isso, aquele que me fazia querer tomar sorvete no inverno, querer pular de paraquedas de tanto extase, aquele que eu não conseguia decifrar nem nomear, agora pelo menos tem um nome, saudade. Ainda estamos aqui, juntos, não sei ainda por quanto tempo, mais juntos. Sempre te cobro demais, te peço demais, na verdade queria só o melhor pra mim. Talvez seja muita prepotência da minha parte querer minha própria felicidade. De todo coração eu tentei, com certeza foram os setessentos e vinte dias mais intensos que já vivi, espero não ter que passar por outros setessentos e vinte até te esquecer.
Talvez a solidão não seja de toda ruim. Talvez eu acabe me acostumando a isso.
Se não fosse pedir muito, poderia ao menos cumprir com suas promessas?